Previdência Privada. Você sabe escolher?

Previdência privada – você sabe escolher?

Quem trabalha em uma grande empresa provavelmente já se deparou com a possibilidade de optar por contribuir para um plano de previdência privada. Muitas vezes a empregadora contribui com uma parcela proporcional ao que o funcionário paga, até um determinado limite, o que pode tornar esta opção especialmente atrativa.

Eu lembro quando ofereceram, numa das empresas em que trabalhei, a opção de aderir ao plano de previdência. Na época eu sabia muito pouco de finanças pessoais. Houve uma palestra onde explicaram como funcionava e tínhamos várias decisões a tomar, por exemplo:

💰 Quanto contribuir?
💹 PGBL ou VGBL?
💸 Tributação progressiva ou regressiva?
🤷‍♂️ Perfil conservador, moderado ou arrojado?

Hoje é tudo bastante claro para mim, mas me lembro de ter achado aquilo muito confuso na época. Tinha várias dúvidas. Me lembro que perguntei o que aconteceria se o Bradesco falisse, afinal, alguns bancos haviam falido nas últimas décadas. Parecia para mim que era um investimento para longuíssimo prazo (o que não é necessariamente verdade). Lembro também que a pessoa explicou que na tributação progressiva poderia até haver isenção de IR, se os resgates ficassem dentro do limite de isenção. Achei muito interessante, só depois fui entender que isso é muito difícil de acontecer, pois se tudo der certo você vai somar estes resgates com outras rendas e cair numa alíquota maior de IR, talvez até na máxima.

De qualquer forma, acabei fazendo minhas contribuições e foi bastante positivo, pois a empresa aportava 100% do valor, então mesmo que o fundo não fosse muito bom em termos de rentabilidade (o que eu não sabia avaliar naquela época) achei que valia a pena por causa dos aportes da empresa. Isso já faz quase 20 anos. Se você tem esta opção, onde a empresa aporta algum valor para cada aporte seu, muito provavelmente seja vantajoso contratar uma previdência.

Muitas vezes a pessoa nem sabe as perguntas importantes a serem feitas e pode acabar escolhendo um produto que não é muito adequado à sua situação. As quatro perguntas que citei acima são apenas o ponto de partida para tomar uma boa decisão. É preciso entender a relevância deste tipo de investimento dentro das opções que você tem e avaliar muito bem a rentabilidade oferecida pelo produto.

Se você não tem esta opção de uma previdência corporativa, também pode querer investir em uma previdência privada. Ótimo, é um produto que tem algumas vantagens que podem ser interessantes, mas lembre-se sempre que investir para a aposentadoria não significa fazer uma previdência privada. Existem muitas outras formas de você se preparar para a aposentadoria, nem sempre a previdência é a melhor, muito menos a única. Um planejamento financeiro ajuda a entender quando vale a pena usar este tipo de investimento ou não.

Quer se preparar bem para a sua aposentadoria? Entre em contato!